Fritjof Capra
O sucesso do desenvolvimento tecnológico era inquestionável e foi tal seu impacto na sociedade que era realmente muito difícil não se deixar fascinar pelas grandes maravilhas que estavam realmente promovendo o progresso social e, igualmente, trazendo conforto e reduzindo as distâncias entre os indivíduos e, em certo sentido, entre as nações. Mas também trouxe, no rastro da Revolução Industrial, o início de uma era de desigualdades sociais e de crescente alienação familiar, profissional e política.
Karl Marx e tantos outros apontaram, de modo contundente, toda a crueza de um desenvolvimento parcial mais calcado nos ganhos materiais de uma minoria que no equilíbrio entre bens e bem-estar social.
Mas as idéias, tão arduamente difundidas pelo positivismo e tantas outras escolas, especialmente as do Darwinismo-Social, enfatizavam de modo dramático (e parcial) a decantada vitória do Homem Ocidental (homem mesmo, pessoa do sexo masculino) sobre a Natureza (que era entendida, mesmo de forma inconsciente, como fêmea).
Claro está que todo este desenvolvimento era financiado pelos grandes e recém-enriquecidos capitalistas, o que, de certo modo, acabava por influenciar igualmente, neste contexto, a filosofia da ciência. Max Weber, em especial, possui excelentes estudos em Sociologia sobre isto, como, por exemplo, em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. E muitos outros autores escreveram e pesquisaram amplamente sobre isso, embora, como é óbvio, estas pesquisas e idéias ficassem restritas a poucos estudiosos, já que o capitalismo dava as cartas sobre o que devia ou não ser conhecido ou divulgado.
Boa tarde, grande irmão,
ResponderExcluirSugiro que veja o video a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=rWVGWITY-_c
Boas energias pra vc. Abraços,