sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Nordeste é o epicentro das revoluções brasileiras

Durante palestra, o jornalista Luis Nassif ressaltou a importância das cooperativas, do turismo e do artesanato para o crescimento econômico do Nordeste

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O prêmio Sefin promoveu nesta quinta-feira, 18, palestra com o jornalista econômico Luis Nassif. A partir do tema “O novo Nordeste e o Brasil”, Nassif falou sobre a nova configuração da economia nordestina e como ela se insere no contexto nacional. “O Brasil está passando por várias revoluções, e todas elas têm como epicentro o Nordeste”, afirma.

Segundo Nassif, os grandes saltos econômicos se dão quando parcelas cada vez maiores da população são incorporadas ao mercado consumidor. “Na medida em que a pessoa começa a consumir, ela vira cidadã e passa a exigir cada vez mais do Estado brasileiro serviço de qualidade. É uma dinâmica de movimento que é irreversível”, explica.

Atualmente, graças a medidas como o Bolsa Família e o salário mínimo, a população de muitas regiões do Nordeste que estavam economicamente estagnadas passou a consumir mais, criando uma base de consumo estável e impulsionando obras de infraestrutura. “O passo seguinte são as indústrias e, em torno delas, as cadeias produtivas. Então, você tem um avanço da sociedade civil”, complementa. Ele afirma ainda que o avanço desse modelo de indústria, em detrimento do modelo das regiões Sul e Sudeste, favorece também o crescimento das cooperativas.

Nassif acredita que, agora, não se trata mais de administrar a pobreza, mas sim o crescimento. “É mais trabalho social que econômico”, enfatiza. De acordo com o jornalista, o Nordeste tem de forma marcante os principais fatores que compõem a identidade do Brasil no exterior: as festas populares, o artesanato e o modo de ser do brasileiro. Isso significa que há grandes oportunidades para os empreendedores individuais, principalmente com as possibilidades de divulgar os produtos para outros países por meio das redes sociais.

O jornalista encerrou a palestra afirmando que o maior desafio é compreender a nova constituição brasileira e entender o papel que cada setor deve desempenhar. “Tem que ter “primo pobre”, “primo rico”, artesão, empreendedor individual... É assim que vai ser”, conclui.

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