domingo, 24 de abril de 2011

Hipótese Gaia

Hipótese Gaia, do cientista inglês James Lovelock. Para ele, a Terra não é uma simples bola mineral a rodopiar pelo espaço afora. Lovelock e seus seguidores entendem nosso planeta como um ser vivo, pulsante, dotado não apenas de um corpo físico, mas também de uma inteligência e uma psique. Um macrosser, em tudo análogo a seu filho, o homem.
 
“Até quando a Terra suportará sem reagir todos os arranhões que estamos produzindo em sua superfície?” A célebre questão de Lovelock, formulada há cerca de três décadas, não precisou esperar muito pela resposta. Ela está aí: o planeta reage às agressões de múltiplas formas e, no momento, a mais ameaçadora delas chama-se aquecimento global. Terremotos, tsunamis, ciclones e enchentes fazem parte do enorme corolário de catástrofes que não seriam mais do que gritos de protesto do planeta machucado....

Ou não é assim, desse modo arrogante – feito de destruição, poluição e exploração insustentável dos recursos naturais – que tratamos nosso planeta-mãe, a Terra? Convencidos de que todas as coisas foram criadas para satisfazer nossos desejos e necessidades, inventamos uma cultura inteiramente destituída de bom senso: a cultura da produtividade e do consumismo insustentáveis. Embriagados pelo vinho da riqueza fácil, perdemos o controle e não conseguimos parar. Derrubamos e queimamos florestas, matamos lagos e rios, poluímos os mares e a atmosfera, extinguimos espécies de plantas e de animais. Sem falar nas mazelas que produzimos para nós mesmos, como perturbações da saúde física, psíquica e mental, ao nos impormos um ritmo e uma carga insustentáveis de trabalho, de produção e de consumismo.

Tomados pelo desejo de posse e de poder, cada vez mais distantes da sabedoria ancestral da qual somos herdeiros, não lembramos que, por uma lei natural, toda ação que leva à perda do equilíbrio gera uma força igual e contrária que procura restabelecê-lo.

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