segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Congruência, a assinatura da honestidade.

A congruência consigo mesmo é a melhor assinatura de honestidade

Certamente, muitas vezes você ouviu falar sobre a congruência e o que significa ser alguém congruente. Ou talvez você tenha ouvido o comentário típico de “É incongruente! Ele faz uma coisa e diz outra, não há ninguém que a entenda!”

Bem … parece que ser congruente está ligado a uma certa transparência tanto interna (de uma pessoa consigo mesma) quanto externa (na qual o que se reflete é o que se é). Ninguém mostra nada além de sua verdade, sem camuflagens ou máscaras.

Congruência é a correspondência entre o que se sente e expressa

Portanto, podemos definir congruência como aquele equilíbrio que existe entre o estado mais visceral de alguém (o que se sente em seu “intestino”) e a externalização que se faz dele em seu comportamento, tanto verbal quanto não verbal. Isto é, quando se é congruente, não há falta de harmonia entre o que se sente e o que se exterioriza.

Por exemplo, se me sinto traído pelo meu amigo, não o camuflo nem faço nada como se nada tivesse acontecido. Vou refletir como me sinto.

Pessoas congruentes constroem confiança para com os outros

Pessoas congruentes muitas vezes constroem confiança nos outros, uma vez que não mostram outra face diferente da que sentem, nem tentam fingir ou disfarçar seu estado interior. Elas sabem ouvir o que sentem por dentro e são capazes de aceitar, sem enganar a si mesmos ou aos outros.

Elas são mostrados como são, sem dar outras nuances diferentes de como se sentem. Elas são pessoas corajosas, já que vivemos em uma sociedade em que não fomos ensinados precisamente a mostrar o que sentimos. Em vez disso, em muitas ocasiões, fomos encorajados desde pequenos a esconder nossas verdadeiras emoções, a mascará-las, ou até mesmo a encobri-las com outras pessoas melhor toleradas nessa sociedade.

Às vezes, cobrimos a tristeza com uma alegria excessiva … ou usamos a tristeza para conseguir o que ansiamos e o que não obtemos.

Congruência fala da correspondência entre pensamentos e ações

Também falamos de congruência quando nos referimos à harmonia existente entre nossas ações ou comportamentos e nossa maneira de pensar. Muitas vezes, provavelmente, teremos nos descoberto agindo de uma maneira que contrasta com nossos pensamentos e valores. Isso deveria produz uma mistura de estranheza e vergonha.

Portanto, começar no caminho da congruência não é “absurdo”: implica um pacto de honestidade consigo mesmo muito importante.

O problema de ser incongruente está acima de tudo na desconfiança que acabamos gerando em outras pessoas.

A intuição nos mostra quem está sendo congruente conosco e quem não é.

Há pessoas muito intuitivas que são capazes de perceber essas dissonâncias e, ao mesmo tempo, são capazes de perceber quando alguém está sendo congruente. E isso é algo que é digno de agradecimento, já que é mais fácil e menos imprudente ser-se na companhia de pessoas que estão sendo elas mesmas – sem qualquer máscara -, estar na companhia de pessoas que dão a sensação de estar em um dança mascarada.

Encontrar o equilíbrio entre o que se sente, pensa e faz é uma conquista que tornará nossos relacionamentos mais verdadeiros e autênticos; começando com o relacionamento que temos com nós mesmos, já que somos nossos únicos parceiros de vida desde que nascemos até morrermos, quer queiramos ou não.

Do site La Mente es Maravillosa
de Fabíola Simões, asomadetodosafetos

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