Por Assis Ribeiro
Aí está o único plano de governo capaz de quebrar as amarras do país.
E é uma continuação do projeto elaborado pelo PT desde 2002 que foi
dividido em etapas de implantação.
Comentei no post "Para destravar os investimentos públicos" no mesmo sentido da afirmação de Dilma: "romper as amarras da burocracia" e explicitei o que é isso.
A matéria demonstra que não existe candidato, pelo menos não no PT,
que aja pela seu self. O que foi apresentado é um plano elaborado ainda
antes da primeira vitória de Lula e as etapas estão sendo cumpridas ( o
texto deixa claro essas etapas).
Em abril, falei dessas metas, no post: "Dilma tem o rumo, mas não tem o método":
Então o que é o novo?
O novo no nosso país é o que já foi velho e agora recentemente
enterrado nas nações chamadas desenvolvidas; inclusão social, baixos
índices de desemprego e redução da pobreza e extinção da miséria se
constituiu no primeiro plano (rumos e metas) de desenvolvimento do governo do PT e se inicia com Lula.
Esse é um processo que ainda está sendo feito e corre o risco de
haver retrocesso nesta caminhada, caso não haja a reeleição de Dilma,
como já preconizaram alguns dos economistas que dão lastro ao pensamento
oposicionista do governo do PT ao afirmarem que o nosso atual índice de
emprego é inflacionário e que o governo gasta muito com as políticas de
inclusão.
Sobre a infraestrutura como o segundo plano (rumos e metas) de desenvolvimento que o PT tem exercitado, após a sua primeira meta de erradicar a miséria e pobreza:
1) Qualquer análise sistêmica observará que o desmonte da nossa
infraestrutura se deu no meio do período militar e se manteve nos
governos seguintes até a chegada do PT ao governo, e apenas para citar o
verdadeiro “apagão” elétrico no governo FHC;
2) É uma injustiça e má fé citar os nossos problemas no setor da
infraestrutura e colocá-los no colo do atual governo quando, quando há
muito tempo não se via a melhoria deste setor até a chegada de Lula ao
poder. São as inaugurações de várias hidrelétricas e outras matrizes
energéticas, vários leilões vitoriosos para os portos, aeroportos e
estradas, a retomada do importante meio ferroviário com as ferrovias
Leste - Oeste, e a Norte – Sul com as suas várias “espinhas” (ramais
perpendiculares).
Ainda sobre o “novo”
O terceiro plano (rumos e metas)
de desenvolvimento do projeto do PT se dá na área da educação, e aqui
já se podem observar as inúmeras inaugurações de escolas técnicas e
novas Universidades, a melhoria da disponibilização de recursos federais
para que municípios e estados invistam no setor educacional de suas
responsabilidades. A vitória do governo na disputa pela destinação dos
riquíssimos royalties do petróleo para a área da educação. A criação de
um salário mínimo para os professores muito mais alto do que era pago
anteriormente. Os vários planos de acesso às universidades, o
financiamento público para alunos, as cotas, o Enem, são inúmeras
medidas que irão permitir e facilitar o acesso de todos a esta carente e
destruída área importantíssima para o desenvolvimento de qualquer país.
O quarto plano (rumos e metas) de
desenvolvimento se dá na área de diversificar a economia pelas diversas
regiões do país, e mesmo o candidato Eduardo Campos deveria agradecer e
mencionar tudo o que o Governo Federal fez para a sua região (nordeste) e
mais especificamente para o seu estado de Pernambuco o que lhe
proporcionou que fizesse um governo de “realizações” e o colocou como um
suposto bom gestor.
Portanto, o “novo” está sendo feito e qualquer tentava de se buscar o
outro “novo” sem que antes se consolide o que está sendo feito, e
mencionado acima, que é preliminar, obrigatória e essencial, uma
verdadeira condição “sine qua non” para o desenvolvimento, cairemos nos
mesmos erros de governos anteriores que priorizando com sofismas o que
estava à frente, o que era o “novo”, permitiu que a educação, saúde e
transportes públicos fossem sucateados, provocou a imensa massa de
desempregados e manteve os altos índices de miséria e pobreza que o
Brasil viveu até tempos bem recentes.
...
Agora acrescento o quinto plano reproduzindo comentário que fiz ainda hoje contrapondo o artigo de Nassif : "Para destravar os investimentos públicos:
"Ninguém sai na frente dessa gincana, porque os três candidatos –
Dilma, Aécio e Campos – tem virtudes e defeitos típicos da democracia
brasileira. De longe, representam a melhor fatia da política brasileira.
Mas ainda estão a léguas de distância da visão do dirigente ideal."
Que sai na frente, sai.
O distanciamento da análise personalística dos candidatos será o "novo" no jornalismo analítico.
Não adianta pensar que o candidato, seja lá quem for, conseguirá com a sua self resolver os nossos problemas.
Quando os analistas se deslocarem perceberão que o que faz mudar um
país é a correlação de forças que dá sustentação para os passos dos
nossos governantes.
Essa correlação está muito deficiente e não corresponde aos anseios
da população, daí que pelo mundo o descontentamento é representado pelas
manifestações de ruas.
Dilma e o PT saem na frente, sim. E a léguas de distância ao convocar
o povo às ruas, ao promulgar o Decreto nº 8.243/2014, ao puxar para o
debate a ideologia numa nítida percepção, além das manifestações, das
necessidades de se quebrar as estruturas paralisantes.
Essa burocracia que Nassif demonstra em seu post é um dos frutos amargos desse modelo que engessa o país.
O loteamento irracional de cargos que atende tanto ao self dos
políticos e a sua necessidade de mostrar prestígio quanto à interesses
pouco republicanos.
Apenas a quebra desse modelo será suficiente para destravar o Brasil
dessas amarras surgidas há muito tempo, desde a "casa grande e senzala",
que formou os nossos coronéis de antigamente e os novos em aparência
remodelada, em outras palavras os donos dos partidos.
1) No Brasil não faltam projetos. Eles existem e não deslancham por
guerras de interesses setorizados, pela burocracia favoráveis a essa
guerra de interesses e pelo excesso de etapas, inclusive as de cunho
"sustentável" previstas e obrigatórias pela nossa Constituição Federal.
2 e 3) Fiscalização e Licenciamento.. Aqui Nassif explora, exatamente
com no escopo do meu comentário, a estrutura paralisante e a burocracia
a favor dela.
Concluindo, quanto mais burocrático maior a dificuldade de se modificar o status quo
e as nossas forças ainda estão concentradas na "casa grande" o que
acarreta a impossibilidade de se avançar nessa nova etapa no Brasil.
Quando todos falam na necessidade da reforma política e da reforma
fiscal/tributária, debates que ocorrem há anos, e elas não saem do papel
demostram de forma clara os empecilhos do nosso modelo travante de
desenvolvimento.
E que candidato e partido político reconheceu essa dificuldade e anunciou medidas de corrigir essa situação?
Portanto, Dilma e o PT saíram na frente.
Comentário ao Post: "Dilma lança plataforma para um "novo ciclo histórico de desenvolvimento"
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