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sexta-feira, 22 de julho de 2016

O Brasil pede mudanças

Por Assis Ribeiro

Para botar mais dendê e pimenta na análise.

O Brasil pede mudanças desde José de Anchieta, passando pela Confederação dos Tamoios, Zumbi dos Palmares, Lampião, Antônio Conselheiro, Sabinada, e todas elas remetem à independência e inclusão.

Por isso, há uma nítida divisão entre o eleitorado e ela é observada em quase todos os dados colhidos das eleições desde a redemocratização que indicam um recorte claro entre ricos e pobres, entre regiões norte/nordeste e o sudeste concentrador de renda.

Então o "novo" no Brasil ainda é a inclusão e independência (à concentração do sudeste).  Não é de se estranhar, nem mera coincidência, que os grupos da grande mídia estão exatamente nesta região e defendendo interesses dela, bem como justifica a passagem na análise de Nassif; "de que a avaliação negativa está transborando das classes A e B para as demais é correta – pelo menos no macroambiente de São Paulo.", por ser o setor geográfico mais sujeito ao bombardeio da mídia.

Entretanto, não se deve deixar de analisar os motivos da recente vitória do PT na maior prefeitura desta região sudeste como contraponto que demonstra que a insatisfação não está no PT.
Se observarmos os dados das últimas pesquisas presidenciais veremos que ela em nada destoa das eleições passadas:

1) A última pesquisa/2014 indica o intenção de voto em Dilma, 39%; Aécio, 21%; e Campos, 10% e se manteve estável em comparação as quatro últimas pesquisas anteriores.
2) O quadro abaixo demonstra a divisão dos votos em eleições passadas e está bem próxima do observado acima.





3) Se pegarmos os dados detalhados das pesquisas referidas nos itens 1 e 2 veremos o recorte claro entre ricos e pobres, entre regiões norte/nordeste e o sudeste (concentrador de renda).

Sobre a insatisfação, se perguntarmos aos eleitores se estão satisfeitos com a educação, saúde, transporte e segurança a resposta será negativa, e dentro deste quadro é que foi avaliada a baixa aprovação do governo Dilma, e seria igualmente de baixa avaliação nos governos de Aécio e Campos, tanto que os dois estão com grandes dificuldades em alavancar os seus candidatos aos governos dos seus estados, sendo que todas as pesquisas até aqui indicaram a derrota dos seus escolhidos.

Por outro lado, a artilharia pesada contra Dilma observada principalmente desde as manifestações de junho/2013 fizeram com que as oposições, inclusive a grande mídia, além de gastar boa parte da munição colocaram Dilma na condição de vítima, fato substancialmente observado nas reações contra os xingamentos que ela recebeu no Itaquerão e que foi condenado pelos vários setores da sociedade.

Para concluir, Dilma partirá para o ataque nos debates televisivos, não pela forma de ataque irracional do PSDB de Serra e Aécio, mas pela mesma forma que, em defesa, colocou o senador Agripino Maia acuado pela sua própria agressividade, desinformação e manipulação de fatos e dados. . Esse é o estilo Dilma; mamãe, protetora e forte na defesa dos seus filhos; o estilo que transformou a tentativa de colocar o seu governo como corrupto com as várias denúncias logo no início do seu mandato em Dilma uma governante séria e responsável. A campanha televisiva estará focada nas realizações do governo que não inúmeras.

Comentário ao Post "Os passos da campanha eleitoral"

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