tag:blogger.com,1999:blog-7907928423892075134.post7235511459047800212..comments2024-03-12T04:01:56.225-03:00Comments on A Procura.: Amy e a economia globalAssis Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03586290603153277144noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-7907928423892075134.post-28349533520922250552011-07-28T11:37:12.371-03:002011-07-28T11:37:12.371-03:00Natalia Rangel
A voz da cantora inglesa Amy Wineh...Natalia Rangel<br /><br />A voz da cantora inglesa Amy Winehouse sempre impressiona e encanta quem a escuta pela primeira vez. Resgata a atmosfera dramática do jazz e do soul, reverbera histórias pungentes e revela uma intérprete capaz de usar a própria voz com a desenvoltura reservada às grandes divas, emprestando nuances aos versos como bem entende. O virtuosismo vocal de Amy, no entanto, não foi o seu maior trunfo. Ela também se revelou uma compositora genuína em um gênero que o tempo sequestrou a uma determinada época. Com aquele visual emprestado às cantoras das décadas de 1950 e 1960, ela criou uma caricatura daquelas que foram as suas musas inspiradoras, as cantoras do jazz e do R&B, como Aretha Franklin, Nina Simone e Ella Fitzgerald. E da mesma maneira que despenteava cada fio daquela cabeleira todas as noites, Amy reverenciava as divas que tanto amava com toda a irreverência do mundo. E imprimiu isto em suas letras revelando-se uma compositora madura e intuitiva. E talvez este seja um dos legados mais preciosos da artista – ela contextualizou a poesia do soul tradicional em um cenário pop e contemporâneo de uma forma que há muito não se via.<br /><br />E fez isso com a naturalidade e intimidade de quem dialoga com membros de sua própria família, que era o que a música negra, repertório que Amy cresceu escutando na casa dos pais, representava para ela. Amy incutiu em suas composições a dor desbragada e a solidão imensa das divas e aliou às suas letras, sempre muito pessoais, algo que ela tinha de sobra: senso de humor.Anonymousnoreply@blogger.com